A doação de medula óssea é um ato de solidariedade e esperança que proporciona tratamento para doenças graves que afetam as células sanguíneas, como linfomas e leucemias. Pacientes que necessitam de transplante frequentemente dependem de um parente compatível ou de um doador não relacionado, registrado em um banco de voluntários. Para aumentar a conscientização sobre a importância dessa ação e melhorar as chances de compatibilidade, ocorre anualmente, entre 14 e 21 de dezembro, a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, criada pela Lei nº 11.930/2009.
Na medula óssea estão localizadas as células-tronco hematopoéticas, responsáveis pela produção de todas as células sanguíneas, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Essas células são as que são substituídas durante o transplante, uma solução terapêutica indicada para tratar doenças relacionadas à produção sanguínea e a deficiências no sistema imunológico. Pacientes com leucemias originadas nas células da medula óssea, linfomas, doenças autoimunes, doenças dos gânglios linfáticos e do baço, além de anemias graves (adquiridas ou congênitas), são os principais beneficiados. Além disso, outras doenças menos comuns, como mielodisplasias, doenças metabólicas e alguns tipos de tumores, também podem ser tratadas com transplante de medula óssea.
A Semana de Mobilização tem como objetivo sensibilizar e incentivar a população a se tornar doadora. Para isso, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde e não apresentar doenças infecciosas, neoplásicas, hematológicas ou do sistema imunológico. Os interessados devem se submeter a exames de compatibilidade. Existem dois tipos de doação: um procedimento cirúrgico, no qual a medula é retirada dos ossos, e outro, chamado aférese, em que as células-tronco são coletadas diretamente do sangue, sem necessidade de internação.